Não sei se amanheceu,
não sei se a saudade foi embora e esqueceu de bater a porta,
mas faz frio aqui.
A porta aberta mostra que até ela partiu.
Me deixou com meus pensamentos,
e às vezes penso tanto, que até deixo para existir mais tarde,
na hora do café.
E é nesse dia que deixo de olhar pela janela,
deixo de sentir o calor desse sol cinza que espelha pelo vidro do quarto.
E enquanto o som dos carros passam apressados pelo vácuo da altura,
Eu tiro fotos de um beija-flor que bebe na garrafa onde guardei os sonhos.
Se ele os levar para o alto, parto daqui para um banho frio.
Antes mesmo do despertador tocar.
Por que hoje - dizem -, é um dia 'útil'.
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