_Para o que se diz de primavera: flores. E como tu, vieste, em cores e tons a me encontrar. Mais ou menos assim, ao meu jeito.
_Perdi a fala. Encontrei teus olhos. E teu sorriso, que desarmado disparou a me tomar, de certo a me envolver. Desatinado em sorte, busquei me segurar, e quase a tropeçar pelas calçadas, tamanho torpor.
_Te encontrei assim. Visto pelos meus olhos, a doçura a escorrer pelo corpo, o brilho a refletir-se e embebedar-me muito antes de tocar teus lábios.
_E você me levou, noite a dentro, a quebrar qualquer vidraça que se opusesse a embaçar o que encontrávamos um no outro. Puro e claro, foi como permiti dizer do nosso encontrar, pela cidade apavorada e desprendida, por onde andávamos. E não víamos mais ninguém.
_A noite passeou suave, como as mãos entre os cabelos, entregando-se ao sol; calor que de lá raiava, espelhado em nossos corpos, despidos e amantes.
_E da noite - essa de primavera - digo: mais parecia aquela de verão, do primeiro olhar
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