mais sensível que uma manga madura,
mais torto que mangueira velha,
mais choroso que a Velha Guarda da Portela
mais chuvoso que o tempo lá fora.
intempestivo: líquido.
de sólido, apenas a solidariedade de sofrer só.
sem deixar o telefone tocar,
para não atender, não chamar teu nome
ou qualquer outro que seja.
mais nublado que os dias sem sol,
mais claro que a lâmina afiada a cerrar meu peito
mais dolorido que o sangue a me escorrer às veias.
mais louco que Pink Floyd,
mais triste que antes de um telegrama
sem passar ou bagunçar o leçol da cama
enquanto chove (e só chove) lá fora,
faz um frio vazio no peito
a cortar o ar. e só.
mais consciente do espelho de cristal,
do bem que busco fazer,
das senhas, dos sonhos. do amor,
mesmo a morrer.
mais cuidadoso que o jardineiro do vizinho.
e mesmo assim, pequeninho,
limpando as flores do mal.
mais elegante que o por-do-sol do arpoador,
mais confiante que o eterno navegador.
assim, torto, direito.
sem ater certo ou errado:
cada um no seu...
sábado, 27 de dezembro de 2008
terça-feira, 18 de novembro de 2008
nós: linhas
ainda não consigo me acostumar a ter ver: fotos
sinto falta do olhar pra mim: presente
do brilho inquestionável: sempre
do riso tranquilo ao caos de encontrar -
saudade
do laço, do abraço, do toque: troca
dos carinhos, afagos, aconchegos: escondidos
do que dizemos e sentimos: silêncio
do que sinto e não minto: você
do que me fazes: falta
de quando: amanhã
pra perder: te ganhar
a minha troca: certeza
do resto, não sei dizer.
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
_helenística...
mesmo sem falar, dissemo-nos todas as coisas. e ainda rimos das outras,
a parte.
não parece fazer sentido algum,
nem qualquer imorta talvez entendesse o que se passa.
é de cór,
estar em teu quarto, me perder pela parede de cores,
palavras de música, e fotos - muitas comigo,
muito de nós ali.
sonhar pela janela, enquanto o último cigarro da noite queima
saber que dissemos, e rimos - e sabemos um do outro,
de tudo.
é sempre bom, minha princesa do castelo, me sinto seguro
minha cigana, porto de abraços e saudades, sempre
e tanto.
é incrível o poder de estar contigo. é sempre nosso. essencial.
a parte.
não parece fazer sentido algum,
nem qualquer imorta talvez entendesse o que se passa.
é de cór,
estar em teu quarto, me perder pela parede de cores,
palavras de música, e fotos - muitas comigo,
muito de nós ali.
sonhar pela janela, enquanto o último cigarro da noite queima
saber que dissemos, e rimos - e sabemos um do outro,
de tudo.
é sempre bom, minha princesa do castelo, me sinto seguro
minha cigana, porto de abraços e saudades, sempre
e tanto.
é incrível o poder de estar contigo. é sempre nosso. essencial.
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
deixa...
"e o que era
era a seta no alvo
mas o alvo na certa
não te espera..."
às vezes, a vontade maior é de falar. sair pelas ruas, gritando alto. rasgando os panos, os cartazes.
mas hoje é dia de silêncio. pensar nos olhares, em tudo que seria pra dizer e não foi dito. só sentido; lágrimas de diamantes e abraços de chocolate e bala. coisas que lembram o que se queria fazer...
vontade de você.
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
_S.i.n.o.S_
Meus olhos saltam. Meu corpo se move inquieto: tem sede.Escrevo aqui, reinvento, dentro-fora.Minhas mãos trêmulas, percebidas e alinhadas, rabiscam versos;
noutro canto, canto uma canção - daquelas que lembram nossos tempos e revelam
todo explendor desse espírito que nos move.Um papel é pouco para tantas palavras.
Uma dose é pouca para tantas idéias.
E só escrevo agora porque venta forte lá fora e está difícil
alçar um vôo mais alto nessa madrugada. Me lanço daqui de dentro e mergulho no
interior de todos nós. De todos que não se calam e não se acomodam no sofá
quando a tarde cai.E não sei como se chama tudo isso que sinto e levo comigo, mas
digo:ai de mim! se não fossem esses sinos que gemem aqui dentro e
não deixam
minhalma dormir...
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
Me abraça...
_Para o que se diz de primavera: flores. E como tu, vieste, em cores e tons a me encontrar. Mais ou menos assim, ao meu jeito.
_Perdi a fala. Encontrei teus olhos. E teu sorriso, que desarmado disparou a me tomar, de certo a me envolver. Desatinado em sorte, busquei me segurar, e quase a tropeçar pelas calçadas, tamanho torpor.
_Te encontrei assim. Visto pelos meus olhos, a doçura a escorrer pelo corpo, o brilho a refletir-se e embebedar-me muito antes de tocar teus lábios.
_E você me levou, noite a dentro, a quebrar qualquer vidraça que se opusesse a embaçar o que encontrávamos um no outro. Puro e claro, foi como permiti dizer do nosso encontrar, pela cidade apavorada e desprendida, por onde andávamos. E não víamos mais ninguém.
_A noite passeou suave, como as mãos entre os cabelos, entregando-se ao sol; calor que de lá raiava, espelhado em nossos corpos, despidos e amantes.
_E da noite - essa de primavera - digo: mais parecia aquela de verão, do primeiro olhar.
_Perdi a fala. Encontrei teus olhos. E teu sorriso, que desarmado disparou a me tomar, de certo a me envolver. Desatinado em sorte, busquei me segurar, e quase a tropeçar pelas calçadas, tamanho torpor.
_Te encontrei assim. Visto pelos meus olhos, a doçura a escorrer pelo corpo, o brilho a refletir-se e embebedar-me muito antes de tocar teus lábios.
_E você me levou, noite a dentro, a quebrar qualquer vidraça que se opusesse a embaçar o que encontrávamos um no outro. Puro e claro, foi como permiti dizer do nosso encontrar, pela cidade apavorada e desprendida, por onde andávamos. E não víamos mais ninguém.
_A noite passeou suave, como as mãos entre os cabelos, entregando-se ao sol; calor que de lá raiava, espelhado em nossos corpos, despidos e amantes.
_E da noite - essa de primavera - digo: mais parecia aquela de verão, do primeiro olhar.
segunda-feira, 8 de setembro de 2008
Por que a gente é assim?
Ser humano: bichinho incompreendido e incompreensível.
Difícil, mais ainda quando existem batimentos cardíacos fortes.
E muito pior quando esses batimentos deixam de ser só cardíacos...
Vai entender.
"me espera. o trem já vai partir, eu sei. mas faço questão de deixar as malas nessa estação."
e continuar a viagem sem o peso das bagagens. bem pensado.
Difícil, mais ainda quando existem batimentos cardíacos fortes.
E muito pior quando esses batimentos deixam de ser só cardíacos...
Vai entender.
"me espera. o trem já vai partir, eu sei. mas faço questão de deixar as malas nessa estação."
e continuar a viagem sem o peso das bagagens. bem pensado.
Assinar:
Postagens (Atom)